Dia das Mães : uma jornada de conexão e consumo

O Dia das Mães movimenta bilhões no comércio e revela como o marketing e a experiência do cliente estão moldando o comportamento de compra no Brasil.

Dia das Mães como data estratégica para o varejo

É notório que o Dia das Mães é uma das datas mais emocionantes e relevantes do calendário brasileiro e isso vai muito além da troca de presentes. Mas você já parou pra pensar como o varejo ajuda a transformar esse momento em algo ainda maior?

Em meio a um cenário de leve recuperação econômica, com previsão de crescimento real de até 5,9% em algumas regiões, como Campinas (SP), e campanhas cada vez mais emocionais estreladas por figuras públicas, como Xuxa e Sasha, o varejo brasileiro segue provando que, quando emoção e estratégia caminham juntas, o impacto vai além da vitrine.

Uma data com história, emoção e oportunidades

O Dia das Mães 2025 será celebrado no dia 11 de maio, seguindo a tradição do segundo domingo do mês. Essa escolha não é por acaso: tem origem nos Estados Unidos, em homenagem a Ann Maria Reeves Jarvis, e foi oficializada no Brasil em 1932. Desde então, tornou-se a segunda data mais importante para o comércio nacional, perdendo apenas para o Natal.

Com a transformação do varejo nos últimos anos, essa data chega com grandes expectativas. A digitalização dos pontos de venda físicos, o crescimento do e-commerce e a consolidação de modelos híbridos, que unem o melhor do online e do offline, devem fazer desta uma das datas mais promissoras para o setor.

Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), as projeções apontam para um aumento de até 10% nas vendas em comparação com 2024. Esse salto tem explicação: as marcas estão se antecipando, investindo em campanhas mais estratégicas, ofertas personalizadas, experiências multicanal e, acima de tudo, no uso inteligente de dados para entender o que o consumidor realmente deseja.

Mais do que vender, as lojas que conquistam espaço são aquelas que entregam boas experiências, seja com um atendimento mais próximo e acolhedor, uma navegação fácil nos sites ou prazos de entrega que surpreendem positivamente.

Os segmentos que tradicionalmente lideram nessa época continuam em alta: moda, beleza, tecnologia, eletrodomésticos e flores. Presentes como perfumes, smartphones, itens para casa e cestas temáticas seguem entre os favoritos. Entretanto, há também um crescimento importante no setor de serviços, com muitas pessoas optando por presentear com momentos, como jantares especiais, pacotes de SPA e viagens de fim de semana.

Emoção como estratégia: campanhas que viram lembrança

Campanhas como a da Hering, estrelada por Xuxa, Sasha, Bruna Marquezine e sua mãe Neide Maia, são um exemplo forte de como o marketing emocional segue sendo uma ferramenta poderosa e muito bem utilizada. A marca apostou na memória afetiva e nas conexões entre mães e filhas para lançar sua coleção de inverno, criando um verdadeiro tributo aos vínculos construídos ao longo da vida. Com o slogan “Mãe, nosso maior ícone”, a campanha resgata momentos da infância das protagonistas, como a famosa bota da Xuxa ou as roupas combinando entre mãe e filha, elementos que despertam nostalgia e identificação imediata no público.

E esse é justamente o ponto: mais do que vender peças de roupa, a Hering contou uma história. Tocou em sentimentos reais e reforçou que a marca faz parte dessas memórias, das gerações passadas e das que estão por vir. Assim como a Hering, outras marcas como Renner e C&A também apostaram em narrativas de afeto e pertencimento, posicionando-se não apenas como lojas, mas como parte do cotidiano e das emoções das pessoas.

Em 2025, o apelo emocional continua sendo um dos grandes trunfos para as marcas que desejam se conectar de verdade com o público. E quem se destaca nesse cenário são as empresas que sabem contar boas histórias, aquelas que emocionam, fazem lembrar da própria mãe, da infância, das pequenas coisas que viram grandes memórias.

Depoimentos sinceros, vídeos caseiros com mães e filhos e conteúdos de engajamento nas redes sociais são algumas das formas de construir essa conexão verdadeira com o consumidor.

No ambiente digital, essa aproximação é potencializada com o uso da tecnologia. Ferramentas de automação e inteligência artificial vêm ajudando marcas a criar experiências mais personalizadas, desde sugestões de presentes com base no perfil de cada cliente até mensagens afetuosas automatizadas, mas com um toque pessoal. Quanto mais individualizada a jornada de compra, maiores as chances de conquistar e manter o cliente.

E o pequeno varejo, fica de fora? Não mesmo!

Engana-se quem pensa que apenas as grandes redes ganham com o Dia das Mães. Pequenos e médios empreendedores também têm vez e voz. A personalização, o atendimento próximo, as embalagens criativas e o relacionamento com a comunidade local são diferenciais que fazem a diferença.

Na era do afeto, detalhes contam. Um bilhete escrito à mão, um post carinhoso nas redes ou um mimo inesperado podem transformar uma venda em uma conexão duradoura.

Entre emoção e estratégia, o varejo mostra sua força

Diante de tudo isso, é notório que o Dia das Mães é, sem dúvidas, uma das datas mais carregadas de afeto no calendário brasileiro. Mas também é uma data que exige cuidado, planejamento e muita estratégia por parte do varejo.

É uma oportunidade valiosa para as marcas mostrarem seu lado mais humano, seja por meio de campanhas grandiosas que emocionam, seja por ações simples, mas autênticas, que geram identificação. Afinal, marcas que entendem o poder da empatia e da conexão saem na frente quando o assunto é conquistar corações (e decisões de compra).

No Dia das Mães, mais do que nunca, o varejo tem a chance de fazer parte de algo maior: histórias reais, sentimentos compartilhados e vínculos que fazem sentido para além do consumo.

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